"Nós estamos cansades de ser analisades, definides e representades por pessoas que não nós mesmes, ou pior ainda, de não sermos considerades de todo. Estamos frustrades pelo isolamento e invisibilidade impostos quando nos dizem para escolher ou esperam que escolhamos uma identidade homossexual ou heterossexual.
A monossexualidade é um ditame heterossexista usado para oprimir homossexuais e para negar a validade da bissexualidade.
Bissexualidade é um todo, é uma identidade fluída. Não assumam que a bissexualidade é naturalmente binária ou poligâmica, que nós temos "dois" lados ou que precisamos de nos envolver simultaneamente com dois géneros para nos sentirmos seres humanos completos. De facto, não assumam que existem apenas dois géneros. Não interpretem a nossa fluidez como confusão, irresponsabilidade ou inabilidade de assumir um compromisso. Não equiparem promiscuidade, infidelidade ou comportamentos sexuais inseguros com bissexualidade. Estas são características humanas que atravessam todas as orientações sexuais. Nada deve ser presumido sobre a sexualidade de ninguém, incluindo a vossa.
Nós estamos enfurecides com aqueles que se recusam a aceitar a nossa existência; os nossos problemas; as nossas contribuições; as nossas alianças; as nossas vozes. Está na altura de que a voz bissexual seja ouvida."
O Manifesto Bissexual é uma declaração histórica sobre o que significa ser bissexual para as pessoas da comunidade bissexual que o escreveram e para toda a gente que se identifique com estas palavras. Foi publicado pela primeira vez em 1990, na revista americana "Anything That Moves". Podem ver o texto original em inglês neste link.
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