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Marielle Franco (1979 - 2018)


País: Brasil

Ocupação: socióloga, política e ativista


Descrição: Socióloga, política e ativista brasileira bissexual



 

No dia 14 de março de 2019, fez um ano desde que Marielle foi assassinada, por quatro balas pertencentes a um lote da polícia federal, depois de participar num ato político com mulheres negras, execução em que mataram também o seu motorista, Anderson Gomes. Treze tiros atingiram o veículo em que seguiam.


Marielle era mulher, negra e bissexual. Marielle lutava pelos direitos das mulheres, pelos direitos das mulheres negras e homens negros, pelos direitos LGBT, pelos direitos humanos no geral. Lutava contra o machismo, o racismo, a homofobia, a violência policial, a pobreza nas favelas. Lutava e lutava e incomodava muita gente. Fez um ano desde que foi executada por lutar. Passou um ano, lembraremos sempre a sua luta, os seus valores. Hoje e todos os dias devemos pegar nessa luta e continuá-la, devemos continuar a lutar contra o machismo, racismo, homofobia, contra todo o tipo de violência e discriminação. Mas devemos também ter cuidado. Não queremos mais mártires, não queremos mais mortes, não queremos mais violência. Todas as nossas lutas, maiores ou menores, exteriores ou interiores, são essencialmente por paz. Para recuperar a paz que nos está constantemente a ser tirada. Onde não há igualdade e justiça não há paz. Não nos devemos esquecer nunca de Marielle, nem das marchas, manifestações, vigílias, todas as homenagens realizadas para fazer o seu luto e para continuar a sua luta, que deve ser de todos nós.


Tentarei prestar a minha homenagem com esta pequena biografia, à qual junto dois links oficiais com muito mais informações para quem quiser saber mais.




Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, nasceu na favela da Maré, no rio de Janeiro, em 1979.


Foi socióloga, política, feminista e ativista. Lutava contra o machismo, o racismo, a homofobia, a pobreza e violência policial nas favelas e os direitos humanos no geral. Era assumidamente bissexual. Tinha uma filha e era casada com Mônica Benício.



Foi eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro com 46.502 votos. Foi também Presidente da Comissão da Mulher da Câmara.


Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm).


Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.


A sua militância pelos direitos humanos começou após perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré.


No dia 14/03/2018 foi assassinada. O automóvel em que ia levou 13 tiros. Quatro acertaram em Marielle. O seu motorista também foi assassinado nesse tiroteio.


Apesar de já terem havido várias conclusões nas investigações e estas continuarem, o caso ainda não foi resolvido. Os assassinos continuam soltos.


A notícia deste crime desencadeou uma onda de revolta e solidariedade por todo o mundo. Inúmeras homenagens foram e continuam a ser prestadas em memória de Marielle.


A sua bissexualidade foi invisibilizada. Felizmente, exaltou-se o facto de ser uma mulher negra e favelada, e mesmo tendo sido muitas vezes definida erradamente enquanto lésbica, também foi importante afirmarem convictamente que era uma mulher negra que gostava de mulheres. Algumas das muitas notícias que vi cortaram este facto no seu todo, felizmente uma minoria. Infelizmente, a maioria continuou a perpetuar a invisibilidade bissexual.


Muitas pessoas tentaram também deturpar a sua imagem, diminuir a gravidade do seu assassinato, definindo-a como "defensora de bandido" que fazia parte fações criminosas ligadas ao tráfico de droga, afirmação sem qualquer fundamento.


Felizmente as vozes de apoio falaram mais alto! Manifestações, exigências de investigação do assassinato e de apurar os responsáveis, vigílias por todo o mundo e inúmeras homenagens das mais diversas formas...


Uma das homenagens realizadas em memória de Marielle Franco encontra-se em Lisboa, trabalho do artista português Vhils.


Podem ver um mapa de centenas de homenagens como ilustrações, grafites, tatuagens, fotografias, cartazes, etc., com informação dos autores e locais das mesmas neste LINK.




"Quem mandou matar Marielle mal podia imaginar que ela era semente, e que milhões de Marielles em todo mundo se levantariam no dia seguinte."


Links:

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