País: França
Ocupação: realizadora de cinema, roteirista
Descrição: Cineasta/Roteirista Lésbica, que realizou o filme "Retrato de Uma Rapariga em Chamas.
Céline Sciamma, cineasta e roteirista francesa lésbica, conta com cinco longa-metragens realizadas até ao momento, sendo a primeira "Naissance des pieuvres" (2007), seguida por "Maria-Rapaz" (2011), "Bando de Raparigas" (2014), "Retrato de Uma Rapariga em Chamas" (2019) e, a mais recente, "Petite Maman" (2021).
O seu primeiro filme, também conhecido por Lírios d'Água ou Water Lilies, foi selecionado para a mostra do Festival de Cannes "Un Certain Regard" e foi nomeado para três categorias dos Césares. Venceu o "Prémio da juventude" no Festival de Cinema Romântico de Cabourg e o prémio " Louis-Delluc" de primeira longa-metragem.
Em 2009, Céline realiza a sua primeira curta-metragem, "Pauline", como parte de uma campanha governamental anti-homofobia chamada de "Film contre l'homophobie", composta por 5 curtas. Trata-se de um monólogo para o qual ainda não encontrei legendas, mas que, de qualquer maneira, pode ser visto e ouvido em francês aqui.
O filme "Maria-Rapaz" ("Tomboy") teve a sua estreia no Festival Internacional de Cinema de Berlim (Secção "Panorama"), tendo vencido um "Teddy Award" (equivalente à Queer Palm). Venceu, ainda, um Prémio "Jacques Prévert" de melhor roteiro original. "Este filme, essencialmente sobre identidade de género, fez parte do programa escolar das escolas francesas.
"Bando de Raparigas" ("Bande de filles") foi selecionado para a mostra "Quinzena dos Realizadores", do Festival de Cannes", tendo integrado, também, o Festival Internacional de Cinema de Toronto e o Festival Sundance de Cinema. Foi, ainda, nomeado para o César de Melhor Realizadora. Venceu o prémio de melhor filme no Festival de Cinema de Estocolmo.
Em 2014, fez a cobertura total da primeira edição da revista lésbica francesa "Well Well Well". Tornou-se co-presidente da "Société des réalisateurs de films" (Sociedade de realizadores de cinema), em 2015. Fez parte do júri do "Les Arcs International Film Festival", em 2017. A atriz Adèle Haenel, que interpreta Floriane en "Lírios d'Água", e Céline Scinamma, estiveram numa relação entre 2014 e 2017. Adèle volta a ser protagonista de um dos filmes de Céline, em 2019, com "Retrato de uma Rapariga em Chamas".
"Retrato de uma Rapariga em Chamas" integrou a principal seleção do Festival de Cannes de 2019, tendo vencido o prémio de Melhor Roteiro (Prix du scénario) e a Queer Palm.
"Petite Maman" estreou no dia 3 de março de 2021, no Festival Internacional de Cinema de Berlim, tendo o lançamento oficial marcado para da 2 de junho, em França. Céline também trabalhou no roteiro de outras longas-metragens, como "Ivory Tower" (2010), "Bébé tigre" (2014), "Quando Se Tem 17 Anos" (2016), "A Minha Vida de Courgette" (2016), "Le vent tourne" (2018) e "Les Olympiades" (ainda em produção) , bem como das curtas-metragens "Les premières communions" (2004) e "Cache ta joie" (2006). Venceu o prémio de melhor adaptação, nos Césares, e um prémio de melhor roteiro nos "Lumières", por "A Minha Vida de Courgette". Céline Sciamma é feminista e foi uma das primeiras signatárias do núcleo francês do movimento "50/50 até 2020", que luta pela igualdade e paridade de género no cinema (incluindo salarial). Em 2018, Céline co-organizou e participou no protesto "Mulheres contra a desigualdade" no Festival de Cannes, juntamente com outras mulheres da indústria cinematográfica, nomeadamente Agnès Varda, Ava DuVernay, Cate Blanchett e Léa Seydoux. Na estreia de "Retrato de uma Rapariga em Chamas" no Festival de Cannes de 2019, tanto Sciamma como Adèle Haenel, usaram pins 50/50 em defesa do movimento.
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