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Zanele Muholi (1972)


País: África do Sul

Ocupação: fotógrafa, ativista visual


Descrição: Fotógrafa e autointitulada de ativista visual Sul-Africana, cujo trabalho se concentra em trazer visibilidade a pessoas queer negras


 

Nascida em 19 de julho de 1972, Zanele Muholi é uma fotógrafa, auto-intitulada de ativista visual, que explora a vida de lésbicas negras e outras identidades e políticas LGBTI na atualidade da África do Sul.


Muholi pretende, através da sua arte, documentar as vidas da comunidade queer africana, para que as futuras gerações possam ter acesso a estes registos. Retrata pessoas da comunidade LGBTI individualmente e em grupo para fomentar união, foca-se tanto nos momentos positivos como na constante violência a que a comunidade está sujeita e salienta a exclusão da comunidade negra de alguns movimentos LGBTI, dando ênfase às lutas específicas das mulheres lésbicas negras.


Em 2002, co-fundou o "Forum for the Empowerment of Women" (FEW), uma organização com o intuito de oferecer um espaço seguro a mulheres negras lésbicas, onde se possam reunir e organizar.


Em 2009 fundou a organização "Inkanyiso", organização sem fins lucrativos para ativismo visual queer, de seu lema: "Produzir. Educar. Disseminar".


Em 2010, Muholi co-realizou o documentário "Difficult Love" e em 2013 o documentário "We Live in Fear".


O seu trabalho recebeu atenção global pela primeira vez em 2012, na mundialmente famosa exposição de arte moderna e contemporânea "Documenta", na Alemanha, pela sua série de retratos de lésbicas e transexuais, intitulada de "Faces and Phases".


Para "Faces and Phases", Muholi fotografou mais de 200 retratos da comunidade lésbica sul africana, tendo afirmado que estes retratos são ao mesmo tempo uma afirmação e um arquivo, que preserve para a posterioredade uma comunidade muitas vezes invisibilizada e alvo de crimes de ódio.


Neste mesmo ano, o apartamento de Muholi, em Vredehoek. foi alvo de um assalto em que roubaram o seu portátil e mais de 20 discos externos, apagando 5 anos de trabalho fotográfico, que incluia fotografias dos funerais de Lésbicas sul africanas assassinadas como resultado de crimes de ódio. Mais nada foi roubado, o que sugere o objetivo exclusivo de apagar o trabalho e ativismo de Muholi.


As suas obras, maioritariamente fotográficas, passam por exibições, documentários e livros fotográficos, tendo recebido inúmeros prémios ao longo da sua carreira.


Exibições:

  • Visual Sexuality, as part of Urban Life (Johannesburg Art Gallery, 2004)

  • Vienna Kunsthalle project space, (Vienna: Slide Show, 2006)

  • Faces and Phases (Massimadi Afrocaribbean LGBT international film festival, Canadá, 2014)

  • Zanele Muholi: Vukani/Rise (Open Eye Gallery, Liverpool, Reino Unido, 2015)

  • Somnyama Ngonyama (Yancey Richardson, Nova Iorque, 2015)

  • Zanele Muholi: Somnyama Ngonyama (Hail the Dark Lioness, Autograph ABP, Londres, 2017)

  • Zanele Muholi; Homecoming (Durban Art Gallery, 2017)


Participou, também nas seguintes exibições coletivas:

  • Figures & Fictions: Contemporary South African Photography (Victoria and Albert Museum, Londres, 2011)

  • Systematically Personae at the FotoFocus Biennal (National Underground Railroad Freedom Center, Cincinnati, Ohio, 2016)

  • Art/Afrique (Louis Vuitton Foundation, Paris, 2017)

  • Pride & Loss (Jenkins Johnson Gallery, Nova Iorque, 2018)


O trabalho de Zanele Muholi está também exibido na coleção pública do Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque.


Livros:

  • Zanele Muholi: Only Half The Picture (Sophie Perryer, 2006)

  • Faces and Phases (2010)

  • Zanele Muholi - Fotografas Africanas / African Women Photographers (2011)

  • Zanele Muholi: Faces and Phases 2006-2014 (2014)

  • Zanele Muholi: Somnyama Ngonyama, Hail the Dark Lioness (Renée Mussai, 2018)


Prémios:

  • "Tollman Award" para Artes Visuais (2005)

  • "BHP Billiton", bolsa na "Wits University" para artes visuais (2006)

  • "Thami Mnyele Residency", em Amesterdão (2009)

  • "Ida Ely Rubin Artist-in-Residence", no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (2009)

  • "Fondation Blachère award", no Encontro de Fotografia Africana (Rencontres Africaines de la Photographie, Biennale Africaine de la photographie), em Bamako, Mali (2009)

  • "Fanny Ann Eddy", da IRN-Africa pelas suas notáveis contribuições no estudo da sexualidade em África (2009)

  • Bolsa na Civitella Ranieri Foundation (Itália, 2012)

  • "Freedom of Expression award" pela Index on Censorship (2013)

  • Nomeada "Ativista do Ano" pela Glamour Magazine (2013)

  • "Fine Prize", da Carnegie International (2013)

  • "Prince Claus Award"

  • "Feather Award" (Prémiação LGBTI da África do Sul, 2013)

  • Finalista do "Deutsche Börse Photography Prize" por "Faces and Phases 2006–2014" (2015)

  • Convidada para o "Light Work Artist-in-Residence Program" (Syracuse, Nova Iorque, 2015)

  • "Infinity Award" por Documentário e Fotojornalismo pelo Centro Internacional de Fotografia (Nova Iorque, 2016)

  • Co-curadoria de um espetáculo no festival "Rencontres d'Arles photography festival" (2016)

  • "Africa’S Out! Courage and Creativity Award" (2016)

  • "Outstanding International Alumni Award" da Universidade de Ryerson (2016)

  • "Mbokodo Award" (arte visual) para "Mulheres Sul Africanas nas Artes" (2017)

  • "Chevalier de l'Ordre des Arts des Lettres" (2017)

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