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Foto do escritor: Arquivo SáficoArquivo Sáfico

Atualizado: 29 de dez. de 2022





Título: Atomic Blonde

Ano: 2017

País: EUA, Alemanha, Suécia, Hungria

Género: Ação, Thriller

Realização: David Leitch

Escrita: Kurt Johnstad (roteiro), Antony Johnston (graphic novel "The Coldest City"), Sam Hart (graphic novel "The Coldest City")


Sinopse:

A agente Lorraine Broughton tem tanto de espia, quanto de sensual e selvagem, e está disposta a usar qualquer das suas habilidades para sobreviver à missão impossível com que se depara. Enviada para Berlim para extrair um documento secreto dessa cidade em convulsão, é obrigada a associar-se a David Percival, chefe da secção local do MI6, para conseguir sair do mais mortal jogo de espiões em que se vê presa. Baseado na novela gráfica "The Coldest City".


 

Um dos meus filmes preferidos. 🧡 Melhor experiência audiovisual que já tive numa sala de cinema. Para além de visualmente delirante e de uma banda sonora incrível, rende boas cenas de ação (se bem que podiam ser melhores e o roteiro também podia ser melhor, mas não é mau, atenção) e traz-nos uma das minhas personagens favoritas: Lorraine Broughton, protagonista interpretada por Charlize Theron. Destemida, poderosa, sensual, inteligente, implacável, uma excelente espia e lutadora, que fará tudo para sobreviver perante os obstáculos que vão surgindo (sem descorar a sua missão) e ainda vem com o bónus de ser bissexual, o que para um grupo de pessoas que não se costuma ver representado no cinema é uma coisa do outro mundo.



(clicar para ouvir banda sonora)

A sua orientação sexual não tem grande relevância no filme, é um dado tão natural como qualquer outro e não precisa de ser mencionado nem particularmente desenvolvido (não fossem os efeitos da homofobia e bifobia também não teria relevância na vida...). Trata-se apenas de um filme de ação de grande qualidade com a particularidade de a protagonista ser bissexual e podermos ver o relacionamento dela com outra mulher no filme.


Lorrane e Delphine

(Charlize Theron e Sofia Boutella)


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Atualizado: 6 de abr. de 2024


Já ouviram falar da Condessa Geschwitz? Foi a primeira personagem lésbica do cinema, interpretada pela atriz Alice Roberts, no filme "A Boceta de Pandora", em 1929. Geschwitz é uma das três personagens deste filme que estão apaixonadas pela protagonista, Lulu. 🤷‍♀️


O filme "A Boceta de Pandora" é um clássico do cinema mudo alemão, realizado por Georg Wilhelm Pabst. Nas versões inglesa e americana, a personagem lésbica foi cortada. (E provavelmente noutros países também...)

A Condessa foi, por vezes, caracterizada com um vestuário andrógino e passa várias cenas a olhar para Lulu com desejo. Reza a história que a atriz só descobriu a natureza da sua personagem quando começaram as filmagens, tendo-se mostrado desconfortável com tais cenas, mas Pabst convenceu-a a seguir com o papel.



Curiosamente, o primeiro filme sobre homossexualidade (Diferente dos Outros, 1919) e o primeiro filme a representar um beijo lésbico (Raparigas de Uniforme, 1931) também são alemães.

 

Boceta de Pandora (1929)










Sinopse: ""A bela e sensual Lulu (Louise Brooks) é amante de Peter Schön (Fritz Kortner), um viúvo rico. Quando este lhe anuncia que se vai casar com uma mulher respeitável, Lulu mantém-se imperturbável, mas começa desde logo a fazer planos para destruir esse noivado. Lulu acaba por conseguir o que quer, mas o casamento com Schön abre caminho para uma descida aos infernos, não havendo, para um como para outro, qualquer hipótese de redenção. "A Boceta de Pandora" é uma das obras-primas da sétima arte, tendo imortalizado a actriz Louise Brooks e o realizador austríaco Georg Willhelm Pabst como estrelas maiores do cinema mudo."

 

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Foto do escritor: Arquivo SáficoArquivo Sáfico

Atualizado: 12 de dez. de 2022


Quem se lembra de Carol e Susan da série Friends?


Apesar de serem personagens secundárias, tiveram uma grande importância na representatividade lésbica na televisão.


Carol é a ex-mulher de Ross, um dos seis protagonistas, tendo o divórcio se devido ao facto de Carol ser lésbica e se ter apaixonado por Susan, com quem assume a relação após o término do seu casamento.


Acontece que Carol estava grávida quando se separou. Ela e Susan decidem cuidar do filho juntas e Ross acata a decisão.



A imagem acima é do episódio em que as duas se casaram, tendo sido a primeira vez que se mostrou um casamento entre duas mulheres na TV, numa altura em que não era legal (1995).


Infelizmente não aparecem muitas vezes, mas quando aparecem rendem boas cenas e são tratadas questões de extrema importância. Série pioneira em divulgar um casal de mulheres abertamente e uma família homoparental, ainda que sem demonstrações de afeto tão explicitas quanto as restantes.


Apesar de serem personagens bastante secundárias, foram um marco na história da representação. Não foi perfeito, não apareceram muito, não me lembro de ver um beijo, sequer, mas foi inovador e um passo importante para o que se foi seguindo.

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