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Hoje deixo-vos três vídeos que gravei durante a 1ª Marcha LGBTI+ de Viseu 😁

Ocorreu no dia 7 de outubro de 2018.


Neste, podem ver os dois primeiros discursos desta marcha.



Peço desculpa a quem filmei de costas, mas, lado positivo, desta perspetiva dá para vermos o excelente público aqui presente. 😃 Peço também desculpa pela péssima filmagem, que vai tremer por diversas vezes, mas os discursos ouvem-se bem. 🙂



Neste discurso, fica patente o amor desta mãe pelo seu filho homossexual, ainda que num primeiro momento tal revelação tenha sido um choque. Por vezes é necessário dar tempo aos nossos pais para que também eles tenham força para sair do armário. Quando existe amor ele vencerá qualquer preconceito que se possa ter tido e virá ao de cima, ainda mais forte. 💖



E, por último, assim se vê a força LGBT. 💪



Para além dos vídeos, podem também ver o álbum de fotos na página do facebook, clicando na imagem abaixo:

Aproveitem para deixar o vosso like na página. 🙏😁



E, como não podia deixar de ser, aproveitei para pedir à malta do LGBTI Viseu para tirarmos uma foto. Muita simpatia, disponibilidade e sorrisos de alegria e orgulho! 💖🌈


Podem seguir a página "LGBTI Viseu" aqui e a "Plataforma Já Marchavas" aqui.


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Foto do escritor: Arquivo SáficoArquivo Sáfico

Título: Poesia e Prosa

Autora: Judith Teixeira

Editora: Dom Quixote



Sinopse: "Apesar de Fernando Pessoa ter declarado, em carta de 1924, que Judith Teixeira não tinha «lugar, abstrata e absolutamente falando», o facto é que conservou até à morte um exemplar da revista Europa por ela dirigida. Será então correto afirmar que as mulheres não tiveram qualquer lugar de protagonismo no momento de rutura e transgressão que foi o modernismo português? E, se o tiveram, porque é que foram esquecidas? Chegou a altura de reler Judith Teixeira sem preconceitos. Nascida tal como Pessoa em 1888, e contemporânea de Florbela Espanca, outra mulher a quem quiseram aplicar o rótulo de «poetisa», Judith Teixeira rompeu corajosamente com o padrão do silenciamento das mulheres no contexto do Portugal das années folles, para se tornar um sujeito ativo, que desvendou o corpo feminino sem pejo.

Esta nova edição traz a lume cerca de vinte poemas desconhecidos e uma conferência inédita, além de reunir as cinco obras de poesia e prosa que Judith Teixeira publicou em vida. No seu conjunto, o presente volume permite-nos situar devidamente esta escritora no lugar que lhe pertence por direito próprio, ou seja, em plena vanguarda modernista".





Biografia de Judith Teixeira na Wook:


Judith Teixeira (1888-1959) alcançou notoriedade em março de 1923 no seguimento da publicação da sua primeira coletânea de poesia, Decadência, quando foi alvo de uma polémica sobre a (i)moralidade da arte, a qual envolveu também António Botto e Raul Leal. Antes disso, Judith já havia publicado em vários jornais, sob o pseudónimo de Lena de Valois, e contribuído para a Contemporânea, conceituada revista modernista. Apesar do escândalo, publicou mais dois livros de poesia, Castelo de Sombras (1923) e Nua. Poemas de Bizâncio (1926), e duas novelas publicadas sob título de Satânia (1927).


Caso altamente invulgar para uma mulher desse período, Judith foi diretora da revista Europa em 1925 e escreveu uma palestra, intitulada De mim. Em que se explicam as minhas razões sobre a Vida, sobre a Estética, sobre a Moral (1926), provavelmente o único manifesto artístico modernista de autoria feminina no início do século XX em Portugal.


Morreu quase desconhecida e permaneceu injustamente expurgada da memória coletiva e da história literária até recentemente, seguramente por causa do subtexto lésbico presente em vários dos seus poemas.

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Foto do escritor: Arquivo SáficoArquivo Sáfico

Atualizado: 11 de dez. de 2022


País: Portugal

Ocupação: poeta, escritora


Descrição: Escritora e poeta portuguesa bissexual, autora da obra "Decadência", queimada pelo Governo Civil de Lisboa em 1923, pelo conteúdo homoerótico de alguns dos seus poemas.





 

Judith Teixeira, é uma escritora e poeta bissexual portuguesa, nascida em Viseu, que escreveu sobre relações românticas e sexuais entre mulheres nos anos 20.


A sua obra "Decadência" foi apreendida e mandada queimar pelo Governo Civil de Lisboa, em 1923, na sequência de uma campanha liderada pela conservadora Liga de Ação dos Estudantes de Lisboa, contra "os artistas decadentes, os poetas de Sodoma, os editores, autores e vendedores de livros imorais", juntamente com os livros de António Botto (Canções) e Raul Leal (Sodoma Divinizada).



Judith Teixeira publicou cinco obras, entre 1923 e 1927:


Decadência. Poemas (1923)

Castelo de Sombras. Poemas (1923)

Nua. Poemas de Bizâncio (1926)

De Mim. Conferência (1926)

Satânia. Novelas (1927)



Escreveu, também, para vários jornais, sob o pseudónimo de Lena de Valois, e contribuiu para a conceituada revista modernista "Contemporânea".


Judith foi diretora da revista Europa em 1925 e escreveu uma palestra, intitulada "De mim. Em que se explicam as minhas razões sobre a Vida, sobre a Estética, sobre a Moral" (1926), provavelmente o único manifesto artístico modernista de autoria feminina no início do século XX em Portugal. 


As relações amorosas entre mulheres retratadas nos seus poemas foram alvo de ataques na imprensa, tendo sido descritas como "vergonhas sexuais" e "versalhadas ignóbeis". Na revista pro-fascista "Ordem Nova", em 1926, Marcello Caetano referiu-se ao livro "Decadência" como sendo da autoria "duma desavergonhada chamada Judith Teixeira", regozijando-se que os seus livros tivessem sido apreendidos e queimados.


Em 1927, Judith encontrava-se ausente de Portugal, como se depreende de uma nota inserida no fim do livro Satânia, o último que publicou. Pouco se sabe acerca dos últimos trinta e dois anos da sua vida. Faleceu a 17 de Maio de 1959, aos 79 anos, residindo então em Lisboa, no número 3 da Praceta Padre Francisco, em Campo de Ourique.

"Morreu quase desconhecida e permaneceu injustamente expurgada da memória coletiva e da história literária até recentemente, seguramente por causa do subtexto lésbico presente em vários dos seus poemas."



Em 2015, foi homenageada num colóquio internacional na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.


Em 2016, o município de Viseu, em parceria com a editora Edições Esgotadas, criou o Prémio de Poesia Judith Teixeira que distingue obras de poesia escritas em português.


Existem, atualmente, duas coletâneas que reúnem a toda obra de Judith Teixeira: "Poesia e Prosa" e "Judith Teixeira - Obras Completas". Não inclui o link para compra deste último título por no site constar a capa da 1.ª edição, em que foi erroneamente atribuída a Judith Teixeira a imagem da poeta brasileira Gilka Machado. No entanto, a 2.ª edição encontra-se disponível nas livrarias, já com a imagem corrigida.


A imagem de Gilka tem sido atribuída a Judith em livros, notícias, inúmeros artigos pela internet fora, tão foi a invisibilidade a que Judith foi sujeita.


A título de curiosidade, vou contar-vos como descobri a troca de imagens. Estava eu a preparar uma Tertúlia para apresentar na Feira do Livros, enquanto coordenadora do Centro de Documentação Gonçalo Diniz (CDOC), da Associação ILGA Portugal, quando o autor do Queerquivo, André Murraças, veio falar comigo através do instragam do Arquivo Sáfico a informar-me da tal situação. Felizmente, fiquei a saber da troca antes da Tertúlia, permitindo-me utilizar o devido retrato da verdadeira Judith Teixeira na publicitação do evento, pelo que lhe estou muito grata.


Foi a minha primeira tertúlia, dedicada às obras queimadas, que não conseguiram apagar da história. Em homenagem a um poema da Judith, dei-lhe o nome de "Perfis Decadentes - ou a história de como o governo civil de lisboa mandou queimar a «poesia de sodoma»".


A maioria da plateia nunca tinha ouvido falar de Judith Teixeira anteriormente. Fico contente por ter contribuído para divulgar esta grande poeta a mais pessoas e espero que se torne cada vez mais conhecida, como merece.


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