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Foto do escritor: Arquivo SáficoArquivo Sáfico

País: Portugal

Ocupação: cantora e compositora


Descrição: Cantora portuguesa, que deu voz ao eterno "amor de água fresca". Foi uma das primeiras mulheres a compor canções pop em Portugal e, também, uma das primeiras figuras públicas a assumir-se homossexual no país.



 

A eterna cantora e compositora Dina faleceu no dia 11 de abril de 2019. Deixa um legado que fará sempre parte da música entre nós, portugueses, que não esqueceremos os seus maiores sucessos musicais, que continuam a fazer sucesso nas festas de karaoke da atualidade. Quem não se lembra do "peguei, trinquei e meti-te na cesta" que ainda hoje nos dá a volta à cabeça? Aproveitem para recordar este "Amor de Água Fresca", lançado em 1981, que venceu o festival da canção em 1992, abaixo:



Dina (nome artístico de Ondina Maria Farias Veloso) nasceu a 18 de Junho de 1956, em Viseu. Foi uma das primeiras mulheres a compor canções pop em Portugal e, também, uma das primeiras figuras públicas a assumir-se homossexual no país.


Os primeiros concertos que deu, foram como parte do grupo "Quinteto Angola", para o qual entrou em 1975 e onde ficou durante dois anos.


A primeira vez que foi ao festival da canção da RTP foi em 1980, com o tema "Guardado em mim" (poema de Eduardo Nobre). Ficou em 8.º lugar mas ganhou o Prémio Revelação. Concorreu novamente em 1982, com as canções "Em Segredo" e "Gosto do Teu Gosto".


Editou seis álbuns e foi a autora de bandas sonoras de várias novelas portuguesas.


Álbuns e Singles:

  • 1980 - Singles "Guardado em Mim"; "Pássaro Doido; "Amar Sem Aviso"

  • 1981 - Singles "Há Sempre Música Entre Nós"; "Retrato"

  • 1982 - Álbum "Dinamite"

  • 1983 - Single "Conta Comigo"; "Pérola, Rosa, Verde, Limão, Marfim"

  • 1991 - Álbum "Aqui e Agora"

  • 1992 - Single "Amor d'Água Fresca"

  • 1993 - Álbum "Guardado em Mim"

  • 1997 - Álbum "Sentidos"

  • 2002 - Álbum "Guardado em Mim 2002"

  • 2008 - Álbum "Da Cor da Vida"


Coletâneas:

  • "Vila Faia" (1982) - "Aqui Estou" (tema de Joana)

  • "Telhados de Vidro" (1993)

  • "Os Lobos" (1998) - "Vitorina"/"Aguarela de Junho"

  • "Filha do Mar" (2002) - "Que É de Ti" / "Lençóis de Vento"

  • "Sonhos Traídos" (2002) - "Dura de Roer" / "Deixar-se Ir"



Em 2009, comemorou os seus 30 anos de carreira com um concerto no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, em Lisboa. Para celebrar os seus quase 40 anos de carreira, são realizados concertos de homenagem à cantora, em 2016, com a participação de nomes como Ana Bacalhau, B Fachada, Best Youth, Da Chick, D'Alva, Márcia, Mitó, Samuel Úria e Tochapestana. É, também, neste ano que Dina anuncia o fim da sua carreira, devido à sua doença, fibrose pulmonar, que a impede de cantar. Lutava contra esta doença desde 2006 e faleceu no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, a 11 de Abril de 2019, aos 62 anos.


Gostaria de ter registado a sua biografia neste blogue ainda em vida. Infelizmente já não foi possível. De qualquer forma, fica aqui a minha homenagem póstuma à sua obra.


Descansa em paz, Dina. Haverá sempre música entre nós. 🎶💗




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Foto do escritor: Arquivo SáficoArquivo Sáfico


Ano: 2019

Canal: BBC e HBO

País: Reino Unido

Género: Biografia, Drama, Romance

Criadora: Sally Wainwright





Sinopse: Série produzida pela BBC em parceria com a HBO, sobre a vida de Anne Lister, a "primeira lésbica moderna" da história, e a sua renovação do Shibden Hall (moradia histórica em que vivia).



Gentleman Jack era a alcunha depreciativa com que os habitantes de Halifax (terra onde nasceu) se referiam a Anne Lister, pela sua aparência e hábitos "masculinos" e rumores de relações com outras mulheres. Os detalhes íntimos da sua vida ficaram registados nos seus diários, escritos em código. Só muitos anos depois foram descobertos, descodificados e publicados.


Anne Lister é interpretada pela atriz Suranne Jones e a primeira temporada tem oito episódios. Já foi confirmada a renovação para a segunda temporada, que contará com mais oito episódios.


A música dos créditos é da autoria do duo O'Hooley & Tidow.


Ver também:

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Foto do escritor: Arquivo SáficoArquivo Sáfico

País: Brasil

Ocupação: socióloga, política e ativista


Descrição: Socióloga, política e ativista brasileira bissexual



 

No dia 14 de março de 2019, fez um ano desde que Marielle foi assassinada, por quatro balas pertencentes a um lote da polícia federal, depois de participar num ato político com mulheres negras, execução em que mataram também o seu motorista, Anderson Gomes. Treze tiros atingiram o veículo em que seguiam.


Marielle era mulher, negra e bissexual. Marielle lutava pelos direitos das mulheres, pelos direitos das mulheres negras e homens negros, pelos direitos LGBT, pelos direitos humanos no geral. Lutava contra o machismo, o racismo, a homofobia, a violência policial, a pobreza nas favelas. Lutava e lutava e incomodava muita gente. Fez um ano desde que foi executada por lutar. Passou um ano, lembraremos sempre a sua luta, os seus valores. Hoje e todos os dias devemos pegar nessa luta e continuá-la, devemos continuar a lutar contra o machismo, racismo, homofobia, contra todo o tipo de violência e discriminação. Mas devemos também ter cuidado. Não queremos mais mártires, não queremos mais mortes, não queremos mais violência. Todas as nossas lutas, maiores ou menores, exteriores ou interiores, são essencialmente por paz. Para recuperar a paz que nos está constantemente a ser tirada. Onde não há igualdade e justiça não há paz. Não nos devemos esquecer nunca de Marielle, nem das marchas, manifestações, vigílias, todas as homenagens realizadas para fazer o seu luto e para continuar a sua luta, que deve ser de todos nós.


Tentarei prestar a minha homenagem com esta pequena biografia, à qual junto dois links oficiais com muito mais informações para quem quiser saber mais.




Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, nasceu na favela da Maré, no rio de Janeiro, em 1979.


Foi socióloga, política, feminista e ativista. Lutava contra o machismo, o racismo, a homofobia, a pobreza e violência policial nas favelas e os direitos humanos no geral. Era assumidamente bissexual. Tinha uma filha e era casada com Mônica Benício.



Foi eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro com 46.502 votos. Foi também Presidente da Comissão da Mulher da Câmara.


Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm).


Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.


A sua militância pelos direitos humanos começou após perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré.


No dia 14/03/2018 foi assassinada. O automóvel em que ia levou 13 tiros. Quatro acertaram em Marielle. O seu motorista também foi assassinado nesse tiroteio.


Apesar de já terem havido várias conclusões nas investigações e estas continuarem, o caso ainda não foi resolvido. Os assassinos continuam soltos.


A notícia deste crime desencadeou uma onda de revolta e solidariedade por todo o mundo. Inúmeras homenagens foram e continuam a ser prestadas em memória de Marielle.


A sua bissexualidade foi invisibilizada. Felizmente, exaltou-se o facto de ser uma mulher negra e favelada, e mesmo tendo sido muitas vezes definida erradamente enquanto lésbica, também foi importante afirmarem convictamente que era uma mulher negra que gostava de mulheres. Algumas das muitas notícias que vi cortaram este facto no seu todo, felizmente uma minoria. Infelizmente, a maioria continuou a perpetuar a invisibilidade bissexual.


Muitas pessoas tentaram também deturpar a sua imagem, diminuir a gravidade do seu assassinato, definindo-a como "defensora de bandido" que fazia parte fações criminosas ligadas ao tráfico de droga, afirmação sem qualquer fundamento.


Felizmente as vozes de apoio falaram mais alto! Manifestações, exigências de investigação do assassinato e de apurar os responsáveis, vigílias por todo o mundo e inúmeras homenagens das mais diversas formas...


Uma das homenagens realizadas em memória de Marielle Franco encontra-se em Lisboa, trabalho do artista português Vhils.


Podem ver um mapa de centenas de homenagens como ilustrações, grafites, tatuagens, fotografias, cartazes, etc., com informação dos autores e locais das mesmas neste LINK.




"Quem mandou matar Marielle mal podia imaginar que ela era semente, e que milhões de Marielles em todo mundo se levantariam no dia seguinte."


Links:

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