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Foto do escritor: Arquivo SáficoArquivo Sáfico

Atualizado: 11 de dez. de 2022


País: Portugal

Ocupação: jurista, socióloga, política;


Descrição: Primeira política portuguesa em funções a afirmar pública e politicamente a sua homossexualidade.







 

Graça Fonseca é uma jurista, socióloga e política portuguesa, deputada eleita à Assembleia da República na XIII Legislatura e Ministra da Cultura no XXI Governo Constitucional.


É, também, a primeira política portuguesa em funções a afirmar pública e politicamente a sua homossexualidade. Fê-lo no dia 22 de agosto de 2017, em entrevista para o Diário de Notícias: "Sou homossexual e esta minha afirmação é completamente política". A ILGA Portugal fez questão de a premiar nos Prémios Arco-íris de 2017 pela visibilidade que trouxe às questões LGBT:


"As palavras de coming out de Graça Fonseca, Secretária de Estado da Modernização Administrativa, são sem dúvida um ato marcante na história dos Direitos Humanos em Portugal. 


Esta foi a primeira vez que uma pessoa governante se afirmou publicamente lésbica, gay ou bissexual, num país que tem dado passos fundamentais no combate à discriminação das pessoas LGBTI, mas no qual o armário ainda tende a ser a regra. 


Embora em Portugal cada vez mais se legisle em prol de todos e todas, é óbvio o fosso entre o que diz a lei e a realidade de todos os dias das pessoas LGBTI. O momento reveste-se de maior importância também por se tratar de uma mulher, já que a invisibilidade sobre as mulheres lésbicas e bissexuais é ainda mais gritante. 


As palavras de Graça Fonseca, proferidas numa entrevista ao Diário de Notícias conduzida por Fernanda Câncio, tiveram grande repercussão em vários meios de comunicação social e revestiram-se sem dúvida da maior importância para tantas e tantos de nós que ainda não conseguiram sair do armário do medo, da invisibilidade e do silêncio. 


Ao contrariar este medo, esta invisibilidade e este silêncio, com orgulho e sem vergonha, Graça Fonseca juntou-se à crescente lista de figuras públicas que apontam para o caminho da igualdade em Portugal. Aplaudimos, por isso, a nossa Secretária de Estado da Modernização Administrativa. Porque precisamos de mais exemplos como este: e porque nunca é demais dizer que #BastaDeArmário"


Graça Fonseca é licenciada em Direito e tornou-se Mestre e, posteriormente, Doutora em sociologia. Foi investigadora do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra entre 1996 e 2000.


Entre 2000 e 2002, foi Diretora Adjunta do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça. Posteriormente, desempenhou funções de Chefe de Gabinete do Ministro de Estado e da Administração Interna e do Secretário de Estado da Justiça no XVII Governo Constitucional. Foi vereadora na Câmara Municipal de Lisboa entre 2009 e 2015.

O seu cargo mais recente é o de Ministra da Cultura, no XXI Governo Constitucional, tendo sido nomeada no dia 14 de Outubro de 2018. Causou polémica, desde logo,  por defender enquanto Ministra da Cultura que as touradas não são um espetáculo cultural, o que levou ao descontentamento de uma parte da população portuguesa apoiante das touradas que pediu a demissão da Ministra, bem como a uma onda de apoio por parte da população que concorda com a afirmação de Graça Fonseca.

As palavras de Graça Fonseca, ao afirmar-se publicamente e politicamente homossexual, são sem dúvida um marco na visibilidade lésbica em Portugal.


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Foto do escritor: Arquivo SáficoArquivo Sáfico

Ano: 2018

País: Estados Unidos

Género: Comédia, Drama

Realização: Jenna Laurenzo

Escrita: Jenna Laurenzo






Sinopse: "Lauren (Jenna Laurenzo) é uma jovem lésbica que ainda não se assumiu para sua família. No Dia de Ação de Graças ela decide levar sua namorada, mas o que era para ser o seu grande momento de saída do armário é atrapalhado pela repentina chegada do amigo com quem ela divide um apartamento."





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Nos dias 8 e 9 de dezembro decorreu a 17ª formação de voluntári@s e ativistas da ILGA Portugal, na qual tive o prazer de participar, enquanto aspirante a voluntária e ativista.


Para quem não souber, a ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo é a mais antiga associação de defesa dos direitos LGBTI em Portugal, com intervenção a nível nacional e sede em Lisboa. 


Começo por referir a importância de nos aceitarmos como somos e como queremos ser e de mostrarmos ao mundo que somos seres humanos detentores de direitos que têm de ser respeitados. Qualquer pessoa que seja discriminada apenas por existir e mostrar-se como é, precisa de saber que o que está mal são os outros quando nos discriminam e não o facto de sermos diferentes dos padrões considerados como os corretos por algumas pessoas que insistem em se meterem nas vidas alheias e em arruinar a autoestima e felicidade de outras pessoas por mera ignorância e falta de empatia. Isto para dizer que o ativismo existe exatamente como resposta a quem nos quer tirar a liberdade e é essencial na luta pelos nossos direitos. Ativistas e voluntários desempenham um papel fundamental na nossa sociedade, por maior ou menor papel que cada um tenha. Todos podemos contribuir de alguma forma. Decidi, então, participar na "17ª formação de voluntári@s e ativistas da ILGA Portugal" por entender que chegou o meu momento de começar a contribuir. A ILGA é um espaço de aceitação. Este fim de semana de formação foi um dos melhores que já passei. É incrível a atmosfera à nossa volta quando nos encontramos perto de pessoas com quem nos identificamos e que nos compreendem, numa sociedade que teima em não compreender e não aceitar. Quando nos encontramos perto de pessoas diferentes de nós, de diferentes idades, áreas de trabalho/estudo, cidades e até países e percebemos que, ainda assim, passámos todos pelos mesmos problemas, com maior ou menor intensidade (que não existem duas pessoas com exatamente as mesmas experiências), mas com um núcleo em comum: sermos LGBTI+ e termos sofrido preconceito por causa disso e ter afetado outras áreas da nossa vida, da nossa personalidade, da nossa autoestima. Os vídeos que vimos, as coisas que ouvimos, tudo tão familiar... mesmo antes de termos visto e ouvido, porque também passámos por isso. Nem todos, é verdade. Sente-se, também, a empatia daqueles que não passaram por estas experiências, mas que estão presentes porque também sabem que podem e devem contribuir para um mundo mais justo, e escolheram fazê-lo numa associação de direitos LGBTI+. Desengane-se, pois, quem ache que na ILGA não existem pessoas heterossexuais. Aqui não se discrimina nem se exclui ninguém e toda a ajuda é bem-vinda e necessária. Foi um fim de semana muito bem passado, partilhado com pessoas maravilhosas, onde rimos juntos e chorámos juntos, onde tivemos a oportunidade de falar abertamente e de nos sentirmos completamente aceites, onde aprendemos muito. Espero que continuemos juntos, agora enquanto voluntários, a trabalhar por um mundo melhor. Não devemos esquecer nunca de que a união faz a força. E que, mesmo que às vezes pareça, não estamos sozinhos.

No final, não pude deixar de tirar uma fotografia com estes três grandes senhores, responsáveis pela nossa formação. O meu muito obrigada a eles e a todas as pessoas presentes. 😊



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